Mauá tem grande potencial de consumo, localização estratégica, parque industrial com importantes fornecedores de matérias primas e áreas disponíveis para instalação de novas empresas
Formação da cidade O dia 18 de outubro de 1934 é a data da formação administrativa com a criação do Distrito de Mauá, pertencente, até então, a São Bernardo. Em 30 de novembro de 1938, o distrito foi transferido para Santo André, em virtude de sua emancipação. Por meio do decreto estadual nº 2.456, de 30 de dezembro de 1953, a cidade teve sua própria emancipação. Em 1954, é realizada a primeira eleição para prefeito, vice-prefeito e vereadores, empossados no dia 1º de janeiro de 1955, quando é instalado, oficialmente, o município de Mauá.
Denominado Cassaguera, que significa ?Cercados Velhos?, havia aqui um povoado cujo caminho ligava a então Vila de São Paulo ao litoral, passando pelas redondezas do atual leito rodoviário, na margem esquerda do rio Tamanduateí. O povoado se estabeleceu no entorno da capela de Nossa Senhora do Pilar, nos idos de 1800. Os primeiros empreendimentos na localidade foram um engenho de açúcar, um armazém, o comércio de madeira e as olarias.
A cidade sempre esteve no foco de pessoas empreendedoras, como Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, que deu origem ao nome do município: Mauá, e tupi guarani significa elevado, o que se entende como cidade elevada. Em 1882, ele adquiriu uma fazenda na localidade, para acompanhar as obras de construção da ferrovia que atravessaria a Serra do Mar. A região já atraía interesses, no entanto, o impulso veio com a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí, em 1887.
A cidade foi capital nacional da porcelana, com inúmeras indústrias cerâmicas e olarias.
Quem nasce em Mauá é mauaense. O aniversário da cidade é comemorado no dia da padroeira, Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em 8 de dezembro.
Grande potencial econômico e desafios sociais
Localizada na região sudeste da Região Metropolitana de São Paulo, no ABC paulista, Mauá tem 425.169 habitantes e 61,886 km² de extensão territorial. O município está localizado em região de Mata Atlântica e está estruturando a política de desenvolvimento sustentável, uma vez que abriga várias nascentes de rios, como o Tamanduateí e diversas áreas de proteção permanente e tem vocação eminentemente industrial. Mauá conta, segundo IBGE/2010, 7.010 empresas atuantes locais e um salário médio de 3,6 salários mínimos. A frota de 121.881 veículos de passeio representa 3,4 moradores por automóvel. São 125.369 domicílios.
A vocação industrial gera grande preocupação por parte do poder público em proporcionar qualidade de vida para os habitantes e implantar uma política avançada de gestão ambiental e urbanístico que supere os desafios estruturais. Atualmente, Mauá é a única cidade do ABC paulista a ter áreas disponíveis para implantação de novas indústrias. Sua localização estratégica chama a atenção de empresários pela proximidade com o Aeroporto de Guarulhos e Porto de Santos, além de importantes rotas de escoamento da produção industrial. É o caso do Rodoanel, que facilita o acesso para as principais rodovias do país, como a Anchieta, Imigrantes e Régis Bittencourt, além das avenidas Jacu-Pêssego e dos Estados.
A cidade abriga um dos maiores parques industriais do país, o Polo Petroquímico do Capuava. O intenso comércio local, o setor de serviços e a presença de importantes empresas, fazem do município uma interessante opção para investimento.
As duas Zonas de Desenvolvimento Econômico (ZDEs), localizadas em Mauá, somam 17,5 milhões de m² para abrigar empresas dos ramos de logística, materiais elétricos, metalurgia, mecânica, química e petroquímica.
No entanto, Mauá enfrenta sérios problemas sociais, causados, principalmente, pela ocupação desordenada, falta de planejamento urbano e ausência de investimentos em infraestrutura.
Além de ter 70% da população dependente do Sistema Único de Saúde (SUS), moradores de outras cidades, em áreas de divisa, acabam por utilizar os serviços públicos oferecidos na cidade, aumentando a demanda a ser atendida com o mesmo recurso público disponível no orçamento municipal.
A Prefeitura tem R$ 1.000,00, aproximadamente, por ano para cuidar de cada cidadão com os serviços de saúde, educação, assistência social, segurança, desenvolvimento econômico, trabalho e renda, entre outros.
Mesmo sendo a 11ª maior cidade do Estado, é a 10ª mais pobre em orçamento per capita. São as indústrias que mais contribuem para a arrecadação municipal. Na composição do PIB do Município de Mauá, o setor de serviços responde por 50,77%, a indústria por 35,72% e os impostos por 13,50%.
Em 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita foi de 17.648,48 (Seade), a renda per capita R$ 583,61 (Seade) e o Índice de Potencial de Consumo posiciona Mauá na 51ª colocação no ranking nacional e 15ª no estadual. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,781, o que coloca o município em penúltima posição entre as cidades do ABC Paulista.
Por este motivo, as políticas públicas desenvolvidas pela administração municipal têm incentivado a educação e formação da mão de obra, parcerias com empresas e sociedade civil e buscado a instalação de novos empreendimentos.
Uma das iniciativas voltadas para a promoção do desenvolvimento sustentável na cidade é a Lei de Incentivos Seletivos (Lei nº 3.557/2003 e Decreto nº 6.691/2005), que beneficia as empresas que se instalarem no município ou que, já instaladas, busquem ampliar seus empreendimentos. Os incentivos consistem de percentuais de isenção sobre o ISS, IPTU, ITBI e taxas municipais e podem chegar a até 50% do valor devido.